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Cristina Sales
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Did-you-know-that-what-you-eat-can-make-inflammation-worse

Sabia que o que come pode agravar a inflamação?

Sabia que os seus hábitos alimentares poderão estar a agravar a sua doença crónica inflamatória?
Apesar de não ser um tema abordado pela grande maioria dos profissionais de saúde, a verdade é que já são muitas as evidências científicas que associam o consumo de determinados alimentos com o aumento de intensidade das doenças crónicas inflamatórias. Vamos-lhe dizer quais os alimentos que deve evitar, caso pretenda controlar melhor a sua doença crónica inflamatória, ou caso pretenda diminuir a inflamação silenciosa.

As gorduras
Comecemos pela qualidade das gorduras presentes na sua alimentação. Como já falamos anteriormente, a nossa alimentação deve ser equilibrada quanto ao fornecimento das gorduras essenciais ómega 3 e ómega 6, e estas não devem ser submetidas a temperaturas demasiado elevadas pois podem formam gorduras trans, de elevada capacidade pró – inflamatória:
Uma alimentação demasiado rica em gorduras ómega 6 e em gorduras trans favorece a inflamação, pelo que será conveniente evitar as fontes alimentares destas gorduras:

– Os óleos vegetais (como soja, milho, girassol) ou margarinas (obtidas a partir destes óleos) são concentrados de gorduras vegetais ómega 6. Desta forma, o seu consumo regular pode contribuir para o agravamento da sua inflamação. Fritos e alimentos cozinhados com este tipo de gorduras são por isso de evitar.

– Os bolos, bolachas e biscoitos feitos com gordura vegetal hidrogenada ou parcialmente hidrogenada, são normalmente contributos para o aporte destas gorduras ómega 6, e muitas vezes têm níveis elevados de gorduras trans. A bolacha tipo “Maria”, ou algumas bolachas integrais mais ricas neste tipo de gordura podem não ser assim tão saudáveis, em especial se tem uma doença crónica inflamatória;

– Produtos processados feitos com óleo, margarina, ou que no rótulo mencionem gordura vegetal hidrogenada ou parcialmente hidrogenada também são ricos neste tipo de gorduras. É o caso da massa folhada, bases de pizza, quiches, diferentes snacks e produtos prontos a comer, e tantos outros alimentos processados … basta começar a ler a lista de ingredientes dos produtos que compra;

– As carnes, em especial as carnes gordas, serão também de evitar, dada a sua riqueza em ácido araquidónico, a principal gordura pró inflamatória da família das ómega 6. As carnes vermelhas, mesmo sem gorduras visíveis, serão de diminuir, pois o seu teor de gordura é sempre mais elevado. A carne de porco é uma das mais implicadas, pois não só tem este tipo de gorduras, como a própria carne tem outros compostos que aumentam os processos inflamatórios, em especial as alergias;

– Os ovos, em especial a gema, e os lacticínios, em particular os queijos mais gordos também têm esta gordura, pelo que se recomenda alguma precaução no seu consumo.

Açúcar e consumo excessivo de hidratos de carbono, em especial refinados.
Este tipo de alimentos aumentam a produção de insulina (a hormona responsável por “arrumar” os açúcares que são absorvidos), que por si só já aumenta a produção de moléculas pró-inflamatórias.

Além disso, uma alimentação demasiado rica nestes alimentos, em especial quando associados a um estilo de vida sedentário, contribuem para o aumento de peso, particularmente a nível abdominal, o que por si só já constitui um fator pró-inflamatório.

Reações a alimentos
A reação individual a determinados alimentos pode contribuir para o agravamento dos seus processos inflamatórios. A ingestão de alimentos aos quais o nossos sistema imunitário reage leva à produção de mediadores pró-inflamatórios a nível intestinal, e pode condicionar uma hiperpermeabilidade intestinal.

A incapacidade de digerir na totalidade alguns alimentos, pode fazer com que sejam as suas bactérias intestinais a ter que o fazer, o que pode levar a uma alteração da qualidade destas, favorecendo o crescimento de bactérias “menos boas” ou mesmo de fungos como a cândida, o que pode também condicionar uma hiperpermeabilidade intestinal.

Esta hiperpermeabilidade permite a entrada de moléculas estranhas ao seu organismo, desencadeando diferentes reações inflamatórias e a libertação de inúmeros mediadores pró-inflamatórios, contribuindo para o agravamento de diferentes doenças crónicas inflamatórias, ou para um estado de inflamação silenciosa que vai contribuindo para diferentes doenças crónicas.

Dada a especificidade deste assunto, recomendamos que fale com um nutricionista ou dietista para elaborar um dieta de eliminação adequada ao seu caso, pois na grande maioria das vezes será necessário a remoção de alimentos classificados como saudáveis.

EsmeraldAzul – para uma vida saudável, consciente e sustentável.

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